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Saiba como controlar os rendimentos e os gastos do seu negócio

Fazer o controlo de receitas e despesas do seu negócio é fundamental para alcançar a estabilidade financeira. Monitorizar os rendimentos e os gastos permite identificar oportunidades de poupança, otimizar os lucros e garantir o equilíbrio financeiro. 

  • Explicamos como fazer o controlo de receitas e despesas do seu negócio e apresentamos estratégias práticas para facilitar a gestão financeira.
  • Ao implementar técnicas de controlo financeiro e automatizar processos, será mais fácil identificar desvios e corrigir as estratégias rapidamente.

Na determinação dos objetivos de qualquer negócio consta, em primeiro lugar, a remuneração do investidor, ou seja, a obtenção de lucro.

Nem sempre se consegue apurar lucro, ou seja, obter rendimentos do negócio superiores aos gastos. Por exemplo, nos primeiros anos da atividade, durante os quais é necessário obter reconhecimento dos clientes e os gastos são elevados, ou num período de grandes investimentos, ou até de crises cíclicas.

Por isso, é fundamental implementar um plano de controlo de receitas e despesas. Este plano deve ser constantemente monitorizado e ajustado conforme necessário, de forma a alcançar resultados positivos.

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CONTEÚDO DO POST

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Gestão de rendimentos

Num negócio, os rendimentos são gerados, tipicamente, através das vendas e da prestação de serviços, o volume de negócios.

Há, assim, que determinar os objetivos relacionados com os bens a vender ou os serviços a prestar, definindo as metas, tendo em consideração, as quantidades, os preços, a políticas de descontos e promoções e as devoluções. Por exemplo: 

  jan  fev  mar
Volume de negóciosQPu30.000  40.000  45.000
Vendas líquidas  22.188  31.667  35.886
Vendas brutas (unidades)95026,0024.7001.26027,0034.0201.65025,0041.250
Descontos concedidos0,0717-1.7710,06-2.0420,0934-3.852
Devoluções3,00% -7410,91% -3113,67% -1.513
Prestação de serviços  7.812  8.333  9.114
Serviços prestados (horas)28030,008.40032028,008.96035028,009.800
Descontos concedidos7% -5887% -6277% -686

Para garantir o correto controlo de receitas, é necessário ponderar decisões como:

  • A que clientes vamos vender e prestar os serviços?
  • É possível vender as quantidades previstas?
  • Os preços unitários são adequados para defender as margens, são concorrenciais, o cliente está disposto a pagar o preço?
  • A política de descontos é apropriada tendo em consideração as margens de cada produto e as quantidades a vender?
  • Temos uma política definida e adequada de devoluções?
  • Temos possibilidade de vender as horas previstas em serviços a prestar?
  • A política de descontos está definida e é adequada?

Depois de definir o plano de rendimentos, é necessário monitorizar, apurando desvios e tomando as medidas corretivas adequadas face à execução.

Gestão de gastos

Para executar o plano de negócios, é essencial fazer o controlo de despesas, ou seja, controlar os gastos necessários à operação. Os gastos incluem:

  • O custo das vendas: seja por produção interna ou aquisição a terceiros, o pessoal.
  • Os gastos correntes (fornecimentos e serviços de terceiros): rendas, serviços diversos, honorários.
  • Consumos diversos: água e energia, combustíveis, seguros (fornecimentos e serviços de terceiros)
  • Outros gastos e perdas em clientes não recebíveis e em stocks não vendáveis (imparidades).

Também há que definir metas e monitorizar os gastos justificáveis face aos rendimentos previstos, por exemplo:

  jan  fev  mar
Custo vendas22.50030.00033.750
Mercadorias95023,6822.5001.26023,8130.0001.65020,4533.750
Pessoal4.5004.5004.500
Serviços a clientes2807,001.9603208,002.5603508,502.975
Comercial1.8401.240825
Administrativo700700700
Fornecimentos e serviços2.4003.2003.600
Rendas800800800
Serviços diversos600720840
Honorários300320400
Consumos diversos7001.3601.560
Outros gastos  500  600  650

É necessário controlar os gastos, nomeadamente se:

  • Os preços de aquisição são os mais adequados face às margens pretendidas?
  • Estão considerados todos os custos de compra?
  • Obtemos descontos juntos dos fornecedores?
  • O pessoal está ajustado às necessidades efetivas do negócio?
  • Qual é a política de remunerações, de promoções e os prémios de desempenho?
  • Os custos com aquisições externas justificam-se para o negócio e são suportados com preços competitivos?
  • Os gastos são fixos ou variáveis?
  • As políticas de concessão de crédito e cobranças aos clientes é adequada?
  • Os stocks estão controlados e geridos com eficiência?

Depois de definir os gastos com o negócio, é necessário monitorizar, apurando desvios e tomando as medidas corretivas adequadas face à execução.

O resultado do negócio

O apuramento do resultado do negócio faz-se pela dedução aos rendimentos, dos gastos suportados com o negócio.

Este resultado intermédio designa-se por “EBITDA – Earnings before interests, taxes, depreciations & amortizations”, ou seja, rendimentos depois de encargos de financiamento, imposto e depreciações e amortizações, neste caso:

As necessidades de investimento e o financiamento e os resultados 

Há ainda que tomar em consideração que a empresa tem necessidade de usar investimentos no mesmo período, o que vai gerar gastos de depreciação e amortização, que o negócio também tem de suportar. Após esta dedução, apura-se o resultado operacional (EBITDA).

Deverá depois ser considerado a existência de financiamentos por recurso a capitais alheios (financiadores), que geram gastos de financiamento como juros, comissões, despesas administrativas, imposto de selo, o que permite apurar o resultado antes de impostos.

Finalmente, devemos ainda apurar o imposto sobre o período (IRC, Derramas) e a Tributação Autónoma, para apurar o resultado líquido.

O resultado líquido assim apurado representa o ganho do investidor e com o qual se remunera o investimento no negócio. A decisão sobre a atribuição de dividendos é da responsabilidade da assembleia geral da sociedade.

Uma alternativa é a não distribuição total ou parcial de dividendos e optar-se por reforçar o capital próprio da sociedade e assim a sua autonomia financeira e solvabilidade.

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