Gestão de produção: Estratégias para melhorar eficiência e reduzir custos
Gestão de produção estratégica com JIT, ERP, Lean e indicadores-chave para reduzir falhas, custos e ineficiências.

A gestão de produção é um fator decisivo para a competitividade das empresas industriais em Portugal. Neste artigo, abordamos os conceitos essenciais, os principais modelos produtivos e estratégias comprovadas para melhorar a eficiência e reduzir custos.
- Otimize os processos produtivos, reduza desperdícios e aumente a rentabilidade da sua operação industrial.
- Veja como a tecnologia certa, integrada numa estratégia sólida, pode transformar a sua gestão de produção em 2025.
Num mercado cada vez mais exigente e volátil, a gestão de produção deixou de ser apenas uma função operacional para se tornar um fator estratégico.
É hoje uma peça estratégica para garantir que as empresas industriais portuguesas mantêm a qualidade, cumprem prazos e controlam os custos. Por isso, é fundamental repensar processos e investir em soluções que garantam visibilidade e controlo ao longo de toda a cadeia de valor.
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Índice do post
Potencie a eficiência da sua produção com o Sage X3. Otimize processos, reduza custos e aumente o controlo da sua produção com uma solução ERP à medida da indústria portuguesa.
O que é a gestão de produção?
A gestão de produção consiste no planeamento, coordenação e controlo de todas as atividades necessárias à transformação de matérias-primas em produtos acabados.
O objetivo é simples, mas exigente: produzir o que é necessário, quando é necessário, com a qualidade esperada e ao menor custo possível.
Envolve várias áreas interligadas:
- Aprovisionamento de materiais.
- Planeamento da capacidade e dos recursos.
- Execução da produção.
- Controlo de qualidade.
- Gestão de stocks e logística.
Tipos de produção
Na gestão da produção, é essencial escolher o modelo produtivo certo, pois isso influencia diretamente a eficiência, os custos, os prazos de entrega e até a satisfação do cliente.
Essa escolha depende do tipo de produto, do volume de produção e do perfil da procura.
1. Produção em massa
É usada quando se fabricam grandes quantidades de um mesmo produto, de forma repetitiva e padronizada. Exemplo: fábricas de embalagens, garrafas ou componentes eletrónicos.
- Vantagens: custos unitários reduzidos, processos altamente eficientes e produção contínua.
- Desvantagens: pouca flexibilidade para alterações ou personalizações.
2. Produção por encomenda
Cada produto é fabricado de acordo com as especificações do cliente. É comum em setores como a metalomecânica ou a construção de maquinaria industrial.
- Vantagens: maior valor acrescentado por unidade e maior diferenciação no mercado.
- Desvantagens: planeamento mais complexo, prazos variáveis e necessidade de maior controlo da produção.
3. Produção intermitente
Utilizada por empresas que fabricam diversos produtos em pequenos lotes e de forma não contínua. Por exemplo: oficinas de mobiliário ou confeções que mudam frequentemente de modelo.
- Vantagens: flexibilidade para responder a diferentes encomendas.
- Desvantagens: mudanças frequentes nas linhas de produção, maior dificuldade de planeamento e possíveis ineficiências.
4. Produção contínua
Caracteriza-se por um fluxo constante, geralmente 24/7, com pouca ou nenhuma interrupção. É típica em indústrias como a alimentar (laticínios, bebidas), petroquímica ou papel.
- Vantagens: máxima eficiência e consistência na qualidade.
- Desvantagens: investimento elevado em infraestruturas e menor adaptabilidade a variações na procura.
Sistemas de produção
Além do tipo de produção, é importante entender como o processo é organizado e controlado — ou seja, o sistema de produção utilizado. Eis os principais:
1. Sistema “Push” (empurrar)
Neste modelo, a produção é baseada em previsões de vendas. Os produtos são fabricados antecipadamente e armazenados até serem vendidos.
- Exemplo: empresas que produzem roupas para as estações primavera/verão, baseando-se em tendências passadas.
- Vantagem: permite planear com antecedência.
- Risco: excesso de stock e produtos obsoletos se as previsões falharem.
2. Sistema “Pull” (puxar)
Aqui, a produção só começa após a encomenda do cliente. É muito usado em empresas com produtos personalizados ou de elevado valor.
- Vantagem: evita o excesso de stock e adapta-se melhor às necessidades reais.
- Desvantagem: maior tempo de entrega e necessidade de produção ágil.
3. Sistema “Just-in-Time” (JIT)
Este sistema procura manter o mínimo stock possível, com produção e entrega feitas estritamente quando necessário.
- Vantagens: redução de custos com armazenamento e menor desperdício.
- Requisitos: fornecedores fiáveis, processos afinados e boa coordenação entre departamentos.
4. Sistemas “MRP” (Material Requirements Planning) e “ERP” (Enterprise Resource Planning)
São sistemas informáticos que apoiam o planeamento da produção, garantindo que os materiais, capacidades e recursos estão disponíveis no momento certo. O MRP calcula as necessidades de materiais com base nas encomendas e no stock existente.
Um ERP integra todas as áreas críticas da empresa — compras, produção, contabilidade, vendas e logística — num sistema único. Esta integração garante visibilidade total, dados atualizados em tempo real e decisões mais rápidas e fundamentadas.
A eficiência produtiva não acontece por acaso — é construída através de um planeamento rigoroso, tecnologia adequada e equipas motivadas a melhorar continuamente.
Estratégias para melhorar a eficiência e reduzir custos
Em 2025, o controlo da produção vai muito além da gestão de chão de fábrica. Eis as estratégias mais eficazes a adotar:
- Planeamento e controlo integrados. Recorrer a ferramentas como o Sage X3 permite prever a procura, planear ordens de fabrico, identificar gargalos e alinhar recursos.
- Aplicação do modelo “Lean”. Eliminar tudo o que não acrescenta valor ao produto: esperas, deslocações desnecessárias, sobreprodução ou defeitos.
- Automatização de processos. Com tecnologias como “IoT”, “RPA” ou inteligência artificial, é possível automatizar tarefas repetitivas, acompanhar o desempenho das máquinas em tempo real e antecipar falhas, garantindo maior disponibilidade e eficiência operacional.
- Gestão inteligente de stocks. Sistemas com alertas automáticos, códigos QR e dashboards em tempo real garantem rotatividade adequada e menor imobilização de capital.
- Formação e envolvimento das equipas. Equipas preparadas, motivadas e conscientes do impacto dos seus atos são cruciais para a melhoria contínua.
- Manutenção preventiva e preditiva. Agir antes da falha. A análise de dados históricos e sensores conectados evita paragens não planeadas e prolonga a vida útil dos ativos.
Perguntas frequentes sobre gestão de produção
Um ERP substitui o gestor de produção?
Não. Um ERP apoia a tomada de decisão, mas a análise estratégica continua a depender da visão humana.
As PME também beneficiam da automação?
Sim. Existem soluções modulares e escaláveis que se adaptam à realidade das PME, melhorando controlo, qualidade e rentabilidade.
Como saber se a minha produção é eficiente?
Através da monitorização de indicadores como:
- Taxa de produtividade
- Lead time médio
- Taxa de defeitos/retrabalho
- Custos por unidade produzida
Sistemas ERP ajudam a calcular e visualizar estes dados em tempo real.
Uma gestão de produção eficaz é o motor da competitividade industrial. Em 2025, empresas que investem em planeamento, tecnologia e talento conseguem produzir mais com menos, mantendo a qualidade e a margem.
De facto, quem aposta numa gestão de produção moderna, tecnológica e orientada para resultados tem uma vantagem clara no mercado industrial português.
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