Qual a forma jurídica ideal para a vossa empresa?
Descubra a forma jurídica ideal para empresa em Portugal, entendendo implicações legais, fiscais e como escolher a opção mais adequada.

Entenda quais as características, vantagens e desvantagens das principais formas jurídicas em Portugal e descubra a forma jurídica ideal para empresa que melhor serve os vossos objetivos.
- Abrir uma empresa em Portugal implica uma decisão importante logo no início: qual a forma jurídica mais adequada?
- Esta escolha afeta responsabilidades legais, obrigações fiscais, custos administrativos, flexibilidade de gestão e até a perceção que o mercado tem do vosso negócio.
Com as mudanças recentes na legislação, nas exigências fiscais e no ambiente económico, é essencial conhecer as opções, atualizar a informação e adequar a forma jurídica da empresa não só à situação atual, mas também às suas perspectivas de crescimento.
Neste artigo, vamos rever os tipos de empresa mais comuns em Portugal , explorar as diferenças chave entre elas, indicar o que mudou recentemente, fornecer critérios para escolher de forma informada e apontar boas práticas para quem vai iniciar atividade ou reestruturar-se.
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Qual é o panorama legal nos dias de hoje?
Desde 2015 até hoje, verificaram-se diversas alterações legais e fiscais no que se refere à criação de empresas em Portugal.
Não se assuste: muitas delas vieram para simplificar e facilitar o nascimento de novos negócios.
Assim, antes de prosseguir, neste artigo, com as opções disponíveis para a criação da vossa empresa, é importante dar a conhecer quais foram essas alterações legais:
- Existiram alterações nos valores de capital social mínimo ou nas formas de constituição para entidades como o estabelecimento individual de responsabilidade limitada (EIRL) ou sociedades unipessoais.
- Foram aprovadas novas regras fiscais e obrigações declarativas introduzidas nas Finanças e no Sistema de Segurança Social que afetam especialmente empresas de pequena dimensão.
- Há agora uma maior atenção ao regime do trabalho remoto, fiscalidade internacional, obrigações de transparência e de compliance, bem como à adaptação ao RGPD.
- Existem novos incentivos e regimes especiais de apoio (ex: incentivos à inovação, digitalização, sustentabilidade) que podem tornar certas formas jurídicas mais vantajosas.
PARTILHE! Escolher a forma jurídica certa é uma decisão estratégica que define o futuro da sua empresa. Descubra qual a opção ideal em 2025!
Formas jurídicas em Portugal: prós e contras dos tipos de empresa
De uma forma muito rápida e direta, aqui estão as opções mais utilizadas pelos novos empresários, com o que oferecem actualmente, e os aspetos a considerar em cada uma delas:
| Forma Jurídica | Vantagens principais | Desvantagens / riscos |
| Empresário em Nome Individual (ENI) | Simplicidade de constituição; menor burocracia; custos iniciais muito baixos; autonomia total. | Responsabilidade ilimitada, risco pessoal elevado; dificuldades em captar investimento; pode não transmitir tanta confiança para contratos mais formais. |
| Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL) | Separa parte do património pessoal; responsabilidade limitada ao património afetado; útil para quem quer proteger bens pessoais; condições relativamente simples. | Pode haver exigência de capital mínimo; obrigações contabilísticas mais rígidas; custos administrativos superiores ao ENI. |
| Sociedade Unipessoal por Quotas | Responsabilidade limitada ao capital social; permite operar com apenas um sócio; bom meio-termo entre autonomia e proteção; facilita certas parcerias ou contratos. | Custos de constituição e manutenção; obrigações fiscais e contabilísticas mais complexas; obrigações de publicação de contas, dependendo do volume de negócio. |
| Sociedade por Quotas (Lda.) com vários sócios | Responsabilidade limitada; maior credibilidade; possibilidade de diversificação de capital; boa opção para crescimento; flexibilidade na gestão dos direitos e deveres dos sócios. | Partilha de decisões pode gerar conflitos; custos com escrituração, reuniões, disputas societárias; requisitos legais mais exigentes. |
| Sociedade Anónima (SA) | Ideal para grandes negócios; possibilidade de emitir ações; mais fácil captar capital externo; estrutura robusta para operações complexas. | Capital social elevado; mais formalidades; regulação mais rigorosa; custos elevados; administração mais complexa. |
Como escolher a forma jurídica ideal para a tua empresa?
Tendo em conta as principais formas jurídicas disponíveis, é importante perceber quais são os principais critérios para escolher a forma jurídica ideal para o seu negócio.
Assim, para tomar uma decisão bem fundamentada, convém avaliar:
- Responsabilidade pessoal versus proteção de património: qual é o nível de risco que está disposto a assumir enquanto sócio da nova empresa?
- Capacidade de investimento e expansão: reflita sobre os seus planos. Pretende crescer, atrair investidores ou reinvestir os lucros?
- Custos de início e manutenção: não se esqueça de que existem honorários, registos, capital social mínimo, contabilidade, auditoria, obrigações fiscais. Abrir uma empresa pode parecer atraente, mas traz as suas responsabilidades.
- Complexidade de gestão e capacidade interna: sente que tem estrutura interna para cumprir obrigações legais, fiscais e contabilísticas mais exigentes?
- Perceção de credibilidade: para fornecedores, clientes ou instituições de crédito, a forma jurídica pode contar bastante. Por isso, se pretender levantar avultados montantes de capital inicial, escolher a forma jurídica adequada é essencial.
- Objetivos a médio e longo prazo: expansão internacional, fusões, venda da empresa, sucessão familiar… tudo isso pode influenciar a escolha.
Casos práticos e tendências recentes dos novos empresários
Na prática, muitas empresas de prestação de serviços que começam pequenas escolhem inicialmente o ENI ou a Sociedade Unipessoal por Quotas, mas evoluem para Sociedade por Quotas conforme crescem e querem limitar responsabilidades. Este pode muito bem ser o seu caso.
Por outro lado, startups ou empresas tecnológicas privilegiam normalmente uma estrutura que facilite fundos de investimento ou emissão de participações societárias, vendo na SA ou na forma jurídica por quotas com cláusulas específicas uma vantagem.
Lembre-se igualmente que a digitalização e o uso de plataformas de contabilidade online facilitam o cumprimento de obrigações, baixando custos operacionais.
Por isso, formas jurídicas que exigem mais relatórios são hoje menos dissuasoras do que eram há alguns anos.
No entanto, se prevê um nível de faturação pequeno no início, os regimes especiais para microempresas podem tornar mais vantajosa uma forma jurídica “levemente estruturada” até que o volume de negócios justifique estruturas mais complexas.
A forma jurídica escolhida define não apenas as obrigações legais e fiscais da empresa, mas também a sua capacidade de crescer, atrair investimento e proteger o património dos sócios.
Aspetos a ter em conta antes de criar uma empresa em Portugal
Se já ficou com uma ideia sobre a forma jurídica que pretender adotar, eis alguns cuidados essenciais que deverá ter para formalizar a sua decisão:
- Consultar advogado ou consultor fiscal para confirmar o enquadramento legal e fiscal específico para o seu caso.
- Verificar o capital social necessário e escolher notário ou serviço eletrónico apropriado.
- Registar a empresa nas Finanças, Segurança Social e entidades competentes.
- Definir estatutos ou contrato de sociedade bem redigido, prevendo cláusulas de saída, direitos dos sócios, gestão, etc.
- Implementar um sistema de contabilidade adequado desde o início, que permita escalabilidade e cumprimento das obrigações legais e fiscais.
- Rever periodicamente a forma jurídica, especialmente se houver mudanças no negócio (crescimento, investimento, novos sócios, mudança de atividade).
Escolher a forma jurídica ideal para a sua empresa é uma decisão estratégica com impactos que se estenderão por anos. É fundamental pesar responsabilidade, custos, flexibilidade e objetivos de futuro.
Embora a simplicidade seja tentadora, a forma mais simples nem sempre será a mais sustentável.
Por outro lado, estruturas mais robustas exigem recursos, mas abrem portas para crescimento, credibilidade e mitigação de risco.
Uma boa prática é começar com aquilo que o negócio comporta agora, manter a ambição clara, e estar pronto para adaptar a forma jurídica se as circunstâncias evoluírem.
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